terça-feira, 13 de novembro de 2007

Gucci, a energia Weimaraner



Luisinha Terras de Aragão.
Foi assim que a Gucci me foi apresentada.

Com cinco meses e 3 semanas a Gucci era uma cachorrinha linda. Muito sedenta de novas experiências mas sempre muito assustadiça. Na realidade a Gucci na primeira semana tinha medo de tudo. De escadas, carros, pessoas, outros cães, barulhos… ao passear na rua era pior do que o Bambi.

Aliás isso era o que mais nos ocorria quando se olhava para ela: perna muito longa, pouca desenvoltura muscular, desconhecimento de diferentes superfícies como a relva ou areia da praia e na realidade… desconhecimento sobre tudo o que existia no exterior do canil da criadora.

Através de muito brincadeira, muito tempo juntas (na altura eu ainda trabalhava em casa), a situação foi tornando-se bem diferente.
Um mês depois a Gucci era uma cadela musculada, afoita, confiante, meiga e protectora.






Brinquedo preferido?
A bola de ténis. Ou de Baseball, ou borracha… Na realidade, qualquer bola!
“Busca” foi a ordem que melhor aprendeu, em conjunto com “Aqui”. Tendo já 6 meses, o ensino da Gucci requereu muita consistência e paciência.




A Gucci foi um salto de fé.
Um mix de “É agora ou nunca” com “Desta vez é até ao fim”.
Um daqueles momentos em que realmente fazemos algo acertado.

Confesso que aprendi muito com a Gucci nos primeiros meses em que éramos só nós as duas e o Calvin era apenas uma miragem.
Verdadeiramente apreendi sobre amor incondicional. Não só da Gucci para comigo, como de mim para ela... incluíndo de mim para com os outros.




Tive sorte quando encontrei a Gucci.
Dizem que somos nós que salvamos os animais, mas confesso que neste caso foi a Gucci que me salvou. Numa altura em que parecia que ia cair numa depressão, a minha vida deu uma volta vertiginosa com a chegada desta Weimaraner.

A sua maneira de ser, muito altiva, independente, atenta, protectora, fiel, companheira e carinhosa, dão-lhe carácter distinto. Que tão bem exprime com a sua linguagem corporal.

O que acho particularmente piada é que em conjunto com tudo isto, a Gucci, é uma cadela muito viva, sempre cheia de energia, adora correr desalmadamente, muito sociável para com outros cães, obediente quanto baste, com um pico de teimosia típica dos Weimaraner. Para mim ela é muito especial.




Gosto de a fazer desenvolver as suas capacidades.
Dar instruções verbais e às vezes só visuais, na rua ensinar o nome das coisas básicas: passeio, atravessa, espera, junto, esquerda, direita e por aqui.
Esconder a bola num arbusto e dizer: Procura.
Melhor ainda e mais divertido, uma das brincadeiras favoritas da minha sobrinha é brincar às escondidas com a Gucci. Ela esconde-se atrás de uma árvore e eu mando a Gucci procurar a criança. Ambas vibram com esta brincadeira!

A mudança mais radical com a chegada da Gucci foi de facto os passeios ao fim de semana. Outro aspecto que precisava de mudança.
Para a estimular e socializar passeávamos sempre em sítios diferentes, também para lhe mostrar as coisas diferentes que existiam para além do espaço do criador, para além da nossa área de residência.



Claro que a Gucci não é o cão perfeito. A dona não é perfeita!
De vez em quando fazia as suas asneiras e agora que deveria de dar um bom exemplo ao mais novo, antes pelo contrário continua a fazer as suas coisas!
Pode não ser perfeita, mas é uma cadela muito equilibrada.




Sossegada quando tem que ser, endiabrada e energética quando o pode ser.
Nunca me deixou ficar mal. Porta-se bem em espaços públicos, esplanadas, com ela tenho sempre a confiança de que a posso levar a qualquer lado.

Na primeira foto deste post a Gucci tem 5 meses e 3 semanas. Na próxima foto, onde ela se prepara para correr atrás do Calvin, tem 12 meses. Tem um ano este Weimaraner lindo e especial.


Amo a relação que tenho com ela. È um doce de animal.


Sem comentários: